A história de Adolf Hitler

O ressentimento dos alemães pela derrota sofrida na primeira guerra mundial e a crise econômica e social da década de 1930 favoreceram a ascensão do partido nazista e de seu líder, Adolf Hitler.




https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy-O9BEMDxVwnifpD3MBBBqeCfp4fMWKhczcbWHPn2ulp2JZe06fSOsRPgVhYDbAHTKqf6RO3EyoS0IS69G7r7Ua3oqSIAFzDVoRMmTAK9roFShEo-MSXpRbeR1LbEZk-CyGFH0c74v11C/s400/hitler99.jpg
Adolf Hitler nasceu em 20 de abril de 1889 na localidade austríaca de Braunau am Inn. Sem concluir os estudos de segundo grau em Linz, mudou-se em 1908 para Viena, onde o sonho de tornar-se pintor foi truncado quando não conseguiu ingressar na Academia de Belas-Artes. Durante sua permanência na capital austríaca, ganhou a vida precariamente pintando cartões-postais, enquanto absorvia as idéias nacionalistas e anti-semitas que mais tarde o levariam ao poder. Em 1913 mudou-se para Munique, e um ano depois, quando eclodiu a primeira guerra mundial, alistou-se no exército alemão. Recebeu a guerra com entusiasmo, como um alívio para suas frustrações e a falta de sentido de sua vida. Ferido duas vezes em combate, em 1916 e 1918, ganhou a Cruz de Ferro, importante condecoração militar. Terminada a guerra, continuou vinculado ao Exército e, em setembro de 1919, filiou-se ao Partido Alemão dos Trabalhadores, que, um ano depois, passou a chamar-se Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhadores, o partido nazista.

Em julho de 1921, Hitler assumiu a chefia absoluta da organização, que se nutria de elementos de diferentes categorias sociais e ideologias, como veteranos de guerra, desempregados, anticomunistas e nacionalistas. Em 1923, depois que os franceses ocuparam a região do Ruhr para assegurar o pagamento de indenizações de guerra, Hitler dirigiu a intentona conhecida como putsch de Munique. O movimento fracassou e Hitler foi condenado a cinco anos de prisão na fortaleza de Landsberg, embora só tenha cumprido nove meses da pena. No cárcere, escreveu o primeiro volume de Mein Kampf (1925-1927; Minha luta ), livro de propaganda nazista, no qual expôs suas principais idéias: o ódio aos judeus, a superioridade da raça ariana representada pelo povo alemão e a predestinação do líder (Führer) dos alemães para impor o estado germânico sobre o resto do mundo.

Recuperada a liberdade, Hitler dedicou-se a reorganizar o partido e a prepará-lo para a conquista do poder pela via eleitoral. Enfrentou oponentes dentro do partido, cuja atividade decaiu durante alguns anos. Em 1929, a crise econômica internacional afetou gravemente a Alemanha e provocou um crescimento das organizações comunistas. A classe média e os grandes industriais, alarmados, começaram a apoiar, até mesmo financeiramente, os nazistas, que nas eleições de 1930 converteram-se na segunda força política do país, com mais de seis milhões de votos. As organizações paramilitares nazistas provocaram o terror e a desestabilização política da república de Weimar. As contínuas demissões de chanceleres (na Alemanha, cargo equivalente a primeiro-ministro) obrigaram o presidente Paul von Hindenburg a convocar novas eleições para julho de 1932.

O partido de Hitler triunfou, com cerca de 14 milhões de votos. As ações terroristas recrudesceram e, em janeiro de 1933, Hindenburg nomeou Hitler chanceler. Em 27 de fevereiro, ocorreu o incêndio do Reichstag (sede do Parlamento), ateado pelos nazistas mas atribuído por eles aos comunistas, pretexto para que Hitler assumisse poderes ilimitados. Em 2 de agosto de 1934 Hindenburg morreu, e Hitler nomeou-se presidente, comandante supremo das forças armadas e Führer do Terceiro Reich. Nos anos seguintes, seu governo perseguiu todos os grupos opositores, sobretudo os marxistas e os judeus. Criou uma poderosa polícia política, a Gestapo, e ordenou a construção de numerosos campos de concentração. Organizou, ao mesmo tempo, uma avançada indústria de guerra que converteu a Alemanha no país mais bem armado da Europa. Tornou-se muito rico mas levava uma vida ascética.

Conquanto exercesse uma liderança magnética sobre os subordinados, a rotina do poder lhe desgostava e ele deixava as tarefas administrativas com os ministros. Era sujeito a freqüentes acessos de fúria. Consolidado no poder, Hitler pôde dedicar-se à consecução de seu sonho político: a expansão do Terceiro Reich pela Europa. Depois do plebiscito de união do Sarre à Alemanha, da anexação da Áustria e da ocupação da Tchecoslováquia, o ataque à Polônia provocou a declaração de guerra por parte do Reino Unido e da França. Os dois primeiros anos da segunda guerra mundial foram favoráveis à Alemanha; mas o ataque à União Soviética em junho de 1941 marcou, depois de grandes vitórias iniciais, uma mudança decisiva na balança militar. Os soviéticos resistiram à invasão do Exército alemão, o qual, a partir de 1942, e sobretudo depois da entrada dos Estados Unidos no conflito, sofreu enorme desgaste nas diversas frentes.

Em julho de 1944, Hitler ficou ligeiramente ferido num atentado perpetrado por um grupo de militares e desde então isolou-se ainda mais. Em janeiro de 1945, quando a derrota da Alemanha era só uma questão de tempo, começou a apresentar sinais de senilidade, talvez loucura, e refugiou-se com a mulher, Eva Braun, no Bunker (abrigo subterrâneo) da chancelaria em Berlim. Ali se casaram, em 29 de abril de 1945. No dia seguinte, quando tropas soviéticas já tinham penetrado em Berlim, ambos se suicidaram. Em obediência a suas ordens, os dois corpos foram encharcados com gasolina, queimados e enterrados nos jardins do quartel-general nazista.
Segundo documentos russos divulgados em 1995, os restos de Hitler foram trasladados para uma base militar em Magdeburg. Em 1970, os despojos, mal queimados, foram cremados para que não se tornassem foco de homenagem de neonazistas.

Fonte: A história.com.br
Previous
Next Post »