
Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida na sagrada cidade de Jerusalém. Venerados por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia uma energia espiritual que alimenta controvérsias mas atrai crentes de todo o mundo. A partir do Monte das Oliveiras a velha Jerusalém revela-se, destacando-se ao centro, a cúpula do Rochedo, no monte do Templo. Por detrás agrupam-se os vários bairros étnico religioso que a cidade santa acolheu.
A diversidade está presente nas bancas e prateleiras, sempre repletas de fruta fresca, óleos vegetais, carne, peixe, especiarias, frutos secos e tudo o mais que é produzido ou recolhido em solo e mar israelitas ou importado das redondezas. No mercado Mahane Yahuda concentram-se todas as cores, cheiros e sabores de Israel e do Médio Oriente. Mas exibem-se também, dia após dia, os visuais mais distintos da multifacetada sociedade israelita.
Jerusalém é a terceira cidade mais sagrada do Islão, depois de Meca e Medina. Muçulmanos de todo o mundo reúnem-se aqui para venerar o santuário da Cúpula do Rochedo, erguido no local onde, segundo o Alcorão, Maomé terá ascendido ao céu. Séculos depois da sua construção, a estrutura dourada continua a sobressair na Cidade Velha. A Cúpula do Rochedo é hoje um dos grandes símbolos de Jerusalém e um dos edifícios mais fotografados à face da Terra.
É em Jerusalém que está o Muro das Lamentações e é o mais importante santuário religioso do povo judeu. Além de cerimónias militares, acolhe também celebrações efusivas de identidade israelita, que atingem o expoente máximo durante o sabat. Judeus, muçulmanos e cristãos encontram-se em Jerusalém numa convivência que nem sempre foi pacífica, mas apesar do aparto militar que se nota em alguns pontos da Cidade Velha, nada afasta os fiéis daquilo que os leva à Terra Santa.
Com uma mistura ímpar de monumentos, histórias e etnias, Jerusalém concentra manifestações do sagrado que envolvem as três principais religiões monoteístas do mundo, que se desenvolveram e expandiram a partir daqui. Como o Muro das Lamentações para os judeus e a Cúpula do Rochedo para os muçulmanos, a Igreja do Santo Sepulcro é, para os cristãos, o lugar mais sagrado da Cidade Santa, segundo as escrituras, Jesus foi aqui sepultado, ressuscitando depois ao terceiro dia.
Se viajar até Jerusalém uma visita indispensável é ao Museu de História, que é considerado pelos israelitas indispensável para a educação dos jovens, sala atrás de sala, lembra o Holocausto que levou à morte de milhões de judeus. A primeira estação da Via Dolorosa fica actualmente situada dentro do colégio islâmico Al-Omariyeh, e assim que o clérigo que conduz a cerimónia começa a ler os versículos do Novo Testamento, soa de um minarete o apelo do muezzin à oração.
Durante a Semana Santa, Jerusalém é invadida por milhares de peregrinos cristãos oriundos dos quatro cantos do mundo. Para a maior parte deles, completa-se na cidade a jornada espiritual de uma vida, ao tomarem parte num dos eventos mais importantes do calendário religioso cristão, a Paixão de Cristo.
Fonte: www.destinosdeviagem.com